domingo, 25 de setembro de 2016

Conversor 27 Mhz CB para ondas médias

Este simples conversor foi publicado na revista Eletrônica Popular vol 36 n 3 Maio e Junho de 1974.  Na década de 70 em que já estavam no mercado os semicondutores transistores de silício e germânio no Brasil, logo começaram a dá lugar os esquemas transistorizados em nossas revistas, que antes eram valvulados, era comum esquemas com transistores PNP, a eletrônica começava a ficar mais popular e mais fácil, motar esquemas divulgados em revistas era o hobby de radioamadores, técnicos e iniciantes na eletrônica, pois não necessitava mais de fontes de alta tensão para alimentar os transistores, com simples pilhas e tensão de 3 a 12 volts se montava inúmeros circuitos pequenos. Já publiquei aqui circuito de conversor para receptores de ondas médias, o inconveniente é que tem que ser feito o batimento das duas frequências em uma frequência livre das estações de ondas médias. Sobre o circuito original: Segundo o autor J. Del Campo, este conversor deu resultados satisfatório enquanto a sensibilidade de mais de 1uV que na prática não se encontrou qualquer diferença nem na qualidade e na sensibilidade de recepção com um ganho de 20 dB (dez vezes o sinal de entrada) introduzido pelo conversor. O cristal usado no oscilador tem que ser o mais perto possível dos canais da faixa de 11 metros CB, exemplo: recebendo o canal 60 CB, 27.605 Mhz oscilador local de 26.605 Mhz, temos a recepção em 1.600 Mhz ainda em ondas médias, para receber todos os canais CB oscilador local deve estar em 26.140 Mhz recebemos o canal 20 CB em 1.065 Mhz no meio da faixa ondas médias, assim temos mais de 60 canais CB de recepção, em toda faixa de ondas médias. Confecções das bobinas: O autor confeccionou ás bobinas em fôrma de baquelita com ferromagnético de 8 mm de diâmetro externo, enrolar primeiro L2, com 24 espiras (terminais E-C) com derivação em 8 espiras, (terminal D) e prosseguimos enrolando ás 16 espiras (terminal D-C), enrole todo enrolamento com fita adesiva transparente. L1, deve ser enrolada 2 espiras no mesmo sentido, pelo lado neutro, parte inferior da fôrma. L5, L6, será igual a L1, L2, sem a derivação, enrole primeiro L5 ela tem 24 espiras, passe fita adesiva, enrole agora L6 pelo lado de baixo da fôrma com 2 espiras, todas são usado fio 0,3 mm 28 AWG, L3, L4 deve ser uma bobina de antena de ondas médias. o autor não escreve como é confeccionada, como é difícil achar este tipo de bobinas no comércio, tenho uma sugestão para teste, colocar de núcleo vermelho, bobina osciladora de ondas médias, ela se aproxima muito de toda faixa de 540 Khz a 1600 Khz, pois o oscilador sempre esta a cima 455 Khz do sinal recebido pela antena, então se girar o núcleo vermelho ferrite podemos deixar num ponto em que teremos maior ganho de recepção, então coloque o receptor no centro da faixa de ondas médias e faça todo procedimentos de regulagem das bobinas para o máximo de recepção.
Esquema original com transistores PNP.
Esquema original com transistores NPN.
Abaixo temos o esquema desenhado com transistores NPN, notem que eu só modifiquei o sentido de alimentação de positivo e negativo, a alimentação de base de Q1 está original, poderá diminuir o seu valor de R2 para 47k, ou 39k, ou colocar antes de definir o valor um trimpot de 100k até achar o valor que der maior rendimento, depois é só retirar o trimpot e medir com multímetro os terminais soltos que estavam ligados e ver o valor da resistência a ser colocada. Ex: Se deu 42k podemos arredondar para o valor de 47k.
Abaixo já com um VFO no oscilador melhorando sua estabilidade em recepção.
Conversor ou receptor 27 Mhz CB melhor elaborado: com VFO e pré amplificador de antena. para quem não tem o cristal de 26.100 Mhz, podemos adaptar um VFO de melhor estabilidade para este conversor, ou simplesmente com apenas um transistor oscilando e introduzindo o sinal de 26 Mhz ao transistor misturador, este conversor nada mais é que o começo de um rádio receptor sendo a sua diferença na bobina de antena que ao invés de ser uma FI de 455 Khz é uma bobina de antena de OM, e na frequência do oscilador local VFO que tem que ter uma diferença de menos 455Khz. Modificação receptor: Um capacitor variável de FM pequeno ligado ao oscilador VFO e a entrada de sinal de antena, o CAG poderá ser ligado também se preferir, se quisermos montar um receptor de 11 metros CB este projeto é ideal, a pequena modificação também está no esquema abaixo. Confecção das bobinas: L1-8 espiras L2-4 espiras, L4 e L3 idênticas a L1, L2, L3-7 espiras fio 32 AWG forma de 10 mm TOKO em todas, T1 já comentei acima em colocar como teste uma bobina osciladora OM de núcleo vermelho, ela se aproxima da faixa de OM.
Esquema do conversor 27 Mhz melhor elaborado.
Esquema do conversor com VFO maior estabilidade que o oscilador local a LC.
Conversor 27 Mhz Russo, e simples com filtro BPF.
Este esquema eu encontrei na WEB, desenhei com algumas mudanças em T1, filtro BPF antena, observem que eu sempre coloco reguladores de tensão nestes circuitos de osciladores ou VFOs, isso é para que a tensão se mantenha sempre estável nos coletores e bases dos transistores, não deixando que o circuito fique oscilando de frequência, mas não é só um simples regulador que vai estabilizar um circuito oscilador ou VFO, temos que levar em conta o tipo e fôrma de bobina no oscilador, capacitores do tipo styroflex, ou NP0, transistor ou FET, tensão, e por último blindagem e mecânica para eixo do VFO, na bobina osciladora onde é ligado o trimmer ou capacitor variável, são ligados outros capacitores em paralelos, quanto mais capacitores em paralelos melhor a estabilidade, pois a variação de temperatura em um capacitor é muito maior que em 3 ou 4, faça a associação, veja abaixo no oscilador de 26.1 Mhz era para colocar um capacitor de 47 pF, eu coloquei dois de 15 pF e um de 18 pF, ficando com 48 pF, assim terei no oscilador maior estabilidade. Osciladores com Fets são mais estável. Confecção das bobinas: Bem podemos colocar todas bobinas iguais ás do circuito de cima, em fôrma TOKO de 10 mm fio 32 ou 33 AWG, 8 ou 7 espiras no primário e quatro espiras no secundário, na bobina do oscilador a derivação poderá ser na segunda ou terceira espira do lado negativo, e continua mais cinco espiras, no total de 8 espiras, fio 32 AWG TOKO 10 mm. T1 já comentei sobre a mesma, ela deve esta sintonizada na frequência do canal de FI que neste caso será entre 540 a 1600 Khz.
Olha pessoal o "pior" ou ruim de um conversor em ondas médias ou em qualquer frequência, é quando se tem uma transmissão forte ou uma emissora comercial na frequência de um determinado canal que se deseja escultar em 11 metros CB, Ex: Se você quer ouvir o canal 5 = 27.015 Mhz, o receptor terá de estar em 915 Khz, com o cristal de 26.100 Mhz no oscilador local do conversor, 26.100 + 915 = 27.015 Mhz que é a frequência de recepção do conversor, só que você não vai escultar o canal 5 CB se estiver uma emissora comercial local ou com potencia forte, mesmo que ela esteja em 910 Khz ou 920 Khz, você só ouvira ela, não é defeito do conversor ou você fez algo errado, isso é porque mesmo acoplando um conversor em outra frequência você está usando o restante do circuito de um rádio como canal de FI que tem já sua frequência alta e cheia de transmissões, o circuito do conversor não tem como rejeitar ás emissoras de OM quando estão forte, quando se tem o VFO pode se deslocar no VFO um pouco da frequência de batimento, e depois ir no variável do receptor OM, dá para fugir um pouco, sabendo-se que a rádio comercial estará lá em sua frequência sempre, mais como você deslocou um pouco o VFO da frequência do "canal de FI" ou primeiro misturador cuja mistura de sinal ficou diferente agora. Mas quando o oscilador do conversor é a cristal fixo como no primeiro esquema, sem um trimmer em série com o cristal para se deslocar um pouco de frequência, o jeito é ir corujar em outra frequência ou colocar um trimmer ligado em série com o cristal para deslocar um pouco de frequência, assim podemos minimizar um pouco este problema. O mesmo acontece com conversores de 40 metros para 11 metros, eu já expliquei isso em alguns esquemas que publico de transverter, por isso que um transverter fica um pouco a desejar devido a sua recepção, o bom é que temos em alguns casos tripla conversão, isso é muito bom na seletividade de um receptor.
Acima ou abaixo dos canais de menos um -1 e acima do 20 CB, ouviremos transmissões em SSB, mais comum em LSB, para ouvir vocês terá de adicionar um circuito pequeno de BFO, Oscilador de Frequência de Batimento entre 455 Khz, está aqui publicado no mês passado em:https://projetosetransceptores.blogspot.com.br/2016/08/conversor-bfo-escutar-ssb-em-radio-de.html  um outro esquema de BFO em: http://lu3xae.blogspot.com.br/2011/04/bfo-455-khz.html e :http://www.pan-tex.net/usr/r/receivers/sbfo.htm
http://www.geojohn.org/Radios/MyRadios/S120/S120.html  Existem centenas de esquemas de BFO simples e bem elaborado para adiocionar em um rádio para ouvir SSB e CW, de mais preferência aos filtros cerâmicos e ressonadores de 455 Khz.
Bem pessoal se vocês quiserem podem montar um receptor de 27 ou 50 Mhz com estes esquemas, para isso é só modificar ás bobinas para 50 Mhz, retirar o sinal de T1 que agora vai ser uma FI 455 Khz, completar o circuito com mais duas FI e amplificador de áudio. O sinal de entrada ANT. e mais 455 Khz da frequência do oscilador local. Ex: para ouvirmos uma estação de Radioamador em 50.250 Mhz menos 455 Khz que é o seu canal de FI, resulta em 49.795 Mhz seu oscilador local terá esta frequência.
Espero que gostem e mandem seus comentários sobre o circuito, quem montou mande comentários também.
Waldir Cardoso.